ANILHAS BELLEVILLE | MOLAS DE PRATO

As molas de prato são anilhas cónicas com propriedades elásticas. Estas molas oferecem resistência às cargas axiais, de forma proporcional ao deslocamento produzido na peça. A principal característica destes elementos é a capacidade que têm de oferecer forças muito altas em espaços reduzidos, melhorando o que obteríamos com outro tipo de molas.

Tipos de anilhas elásticas

É habitual englobar dentro da mesma definição, os diferentes tipos de anilhas elásticas existentes. Porém, cada tipo tem as suas características, estando preparado para ser aplicado em trabalhos dinâmicos ou apenas com a função de suportar cargas estáticas, mantendo a tensão. A principal distinção é estabelecida pelos dois tipos principais: os que cumprem a norma DIN 2093, conhecidos como molas de prato, e que são capazes de suportar cargas dinâmicas e os que cumprem a DIN 6796, conhecidos como anilhas de pressão ou bellevilles, orientados para funções estáticas, como o aperto de uniões de parafusos. Também há outros modelos orientados para funções específicas para trabalhar em conjunto com mancais, válvulas e outras aplicações. No menu, pode-se ver os diferentes tipos detalhadamente.

Empilhamentos

Este tipo de molas permite, de forma simples, realizar combinações dos mesmos para obter uma mola com uma curva de força de deslocamento ajustada à nossa necessidade. Este tipo de conjuntos ou empilhamentos têm fundamentalmente um sentido prático para o caso das molas DIN 2093. O facto de serem anilhas cónicas permite empilhá-las em paralelo (na mesma direção) ou em série (contrapostas), conseguindo um empilhamento que, corretamente guiado, se comporta como uma mola. Neste sentido, os empilhamentos em paralelo conseguem aumentar proporcionalmente a força da mola em função do número de peças, enquanto os empilhamentos em série aumentarão o deslocamento proporcionalmente ao número de unidades. É possível realizar combinações de ambas as técnicas para conseguir comportamentos mais complexos.

Materiais

Estes produtos podem estar fabricados em diversos materiais, que podem ser determinados por ela própria. Assim, tanto em DIN 2093 como em DIN 6796, ficam refletidas as especificações referentes ao tipo de material admitido. O habitual costuma ser aços de diferentes características, em função do tipo de anilha e, portanto, do uso a que se destina. Também é normal o uso de aços inoxidáveis e de outras ligas para suportar corrosão e/ou temperatura, como o Inconel, que combina a resistência à corrosão com a resistência a altas e baixas temperatura, oferecendo ainda um material não magnético. No menu, dentro de cada tipo de anilha elástica, podemos encontrar uma descrição dos possíveis materiais e das suas características.

Cálculos

Graças às equações de Almen e László contidas em DIN 2092, é possível calcular a força em relação ao deslocamento nas molas de prato ou vice-versa. Estas equações, baseadas na deformação que a mola sofre, ao ser submetida a uma determinada força, permitem-nos calcular a curva completa de força vs deflexão dessa peça. Estes cálculos são aplicáveis também a empilhamentos em série ou paralelo de molas de prato e para diferentes materiais. Em PROGRAMA DE CÁLCULO,  encontrará a possibilidade de descarregar o nosso programa, que permite realizar todos estes cálculos de forma simples. Da mesma forma, baseando-nos nestas equações e pelo nosso programa, é possível calcular as tensões, em diferentes pontos da mola, assim como a fadiga da mesma com base na variação de deslocamento a que é submetida. Esta informação é muito útil para determinar a idoneidade ou não de um empilhamento para uma aplicação concreta. Não obstante, deve-se sempre tomar como uma aproximação e não como um dado exato.

Medidas especiais

Além das medidas determinadas pelas normativas, como DIN 2093 e DIN 6796, e das outras estabelecidas como standard e incluídas em catálogo, é possível fabricar molas noutras dimensões e materiais. Para isso, a melhor opção é contactar os nossos engenheiros, que podem prestar-lhe assistência quanto às dimensões do produto, assim como os materiais, acabamentos e revestimentos da peça, para conseguir o funcionamento desejado.